segunda-feira, 15 de julho de 2013

A AUSÊNCIA PATERNA E SUA REPERCUSSÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.



       A AUSÊNCIA PATERNA E SUA REPERCUSSÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.


           A ausência paterna, durante o desenvolvimento de uma criança, se torna um fator complexo no tocante ao seu desenvolvimento, comportamental e psicológico.
           Nos dias atuais, se torna um caso ímpar, pois vem modificando as estruturas das famílias, pois muitos lares já não se encontra o progenitor, embora o modelo no qual se utiliza é o modelo convencional.
       Nos Estados Unidos, segundo Fishmam, dos cinqüenta e seis milhões de famílias norte americanas, somente dezesseis por cento é do tipo convencional, nuclear, e por volta de vinte a cinqüenta por cento das crianças vivem com os pais genitor, e na maioria destas famílias o genitor, aparece na figura feminina, ou seja, a mulher aparece como chefe, pois muitos delas são separadas ou divorciadas.
          O sistema familiar norte americano, sofre com uma grande reorganização, devido ao grande número de mulheres que chefiam seus lares nos dias de hoje.
          Nas familias de classe social baixa, são quarenta por cento das crianças que vivem sem o pai biológico, e entre, cinqüenta  a sessenta por cento dos nascido na década de noventa, boa parte de suas vida, passaram longe de seus pais biológicos. Em 1960, cinco milhões de crianças viviam com as mães, já em 1998, chega a 8 milhões, mais o chama a atenção, são os 50% destas crianças jamais conheceram seus pais biológicos 
       A criança que tem ausência paterna, tem grande probabilidade de repetir de ano duas vezes mais, dos que são criados em lares normais, digo, com pai e mãe morando juntos.
        O outro ponto, que me chamou a atenção, são as crianças que praticam violência nas escolas, elas possuem onze vezes mais probabilidade de estar afastada de seus pais biológicos, e ainda apresentam dificuldade nas leituras, trazendo problemas nas provas finais, diferentemente dos que as que convivem com os seus pais em seus lares, pois elas não são violentas, e conseguem sobressair nas provas escolares.
       Em nosso país, segundo os dados do IBGE, 74%das famílias, ainda são chefiada por homens, e 26% por mulheres, embora na região sul, ficou observado que, 22.4% são chefiados por mulheres, enquanto 77,6% são chefiado por homem, dados coletados no ano de 1999.
      O afastamento dos pais afetam no desenvolvimento cognitivo das crianças,(SHINN), que conclui em seus estudos, que pais que viviam afastados de suas crianças, ou tiveram pouca interação com seus filhos, eles obtiveram pouco desempenho em seus testes cognitivos, a dificuldade financeira e a ansiedade poderiam ser os causadores de tais efeitos, temos também relatos de Freud, que nos seus escritos, nos revela que nos tempo primórdios e em nossos dias atuais, um lar que não tem a pessoa masculina, acaba  se desmoronando, pois sempre há necessidade de se apoiar em uma autoridade.
     A importância do pai, é fundamental em uma família, até mesmo para o desenvolvimento dos bebes, pois se torna função dinâmica,representando um sustentáculo na interação da mãe com seu filho, ainda nos primeiros anos desta criança.
    As crianças que são criadas sem a figura masculina, acaba obtendo diversas dificuldades, a começar pela sua sexualidade,na maioria das vezes, não reconhecem limites, não aprendem a viver sociavelmente, pois não conseguem observar na figura masculina representação moral, e na sua falta, fica propenso a se envolver com delinqüência
     Em um estudo com 213 crianças, filhas de militares ausente por mais ou menos um mês no ano anterior, mostrou uma pequena depressão e ansiedade, embora os resultados sejam significativos, após o controle de estressores ambientais e psicopatologia materna..        
      A importância deste fato, é a influencia do comportamento materno, nas situações de ausência  paterna( reação da mãe a ausência do pai), ou seja, a ausência do pai superada pela presença da mãe.
      Mas segundo (FERRARI ), há uma grande necessidade da filiação entre os seres humanos,mas isto não se diferencia com os filhos de mães sozinhas, mas todas as crianças tem a necessidade de saber dos seus pais por que partiram e de escutar isto de suas próprias bocas.
     No caso dos pais substitutos, quando este também vão embora, a criança se sente abandonada, porém se o casamento de sua mãe for instável ou rápido, a situação de abandono se torna mais complicada, pois fica dificil a criança aceitar um substituto do pai biológico. Outro caso de suma , é quando a criança se sente culpada pela separação da mãe, sentindo mais uma vez a sensação de importância orfandade.
   O autor, ainda comenta que a busca ao pai pela criança, pode parecer uma traição a mãe  e ainda, a falta de amor pelo pai, pode tornar a criança má, pois ela pode se sentir desvalorizada. pela ausência de seu pai.
  Esta falta, pode causar na criança reações diversas, tais como, tristezas, melancolia, agressividade e violência, podendo se tornar tímidas e temerosos, se vingando do mundo com atitudes ou condutas anti-sociais.     



                                         Relato de caso de Mariana Eiziric

                                      pesquisado por EMANOEL CLEMENTE

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